segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Cadeirinha e ovo não são lugares para dormir.

 
 
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As cadeirinhas de bebé que são usadas nos automóveis e os ovos que, nos primeiros meses, ajudam no transporte, são cada vez mais essenciais no quotidiano das famílias. Mas, de acordo com especialistas norte-americanos, não devem substituir o berço quando se trata de colocar a criança para dormir. Isto porque uma recente investigação publicada no “The Journal of Pediatrics” garante que aqueles equipamentos aumentam o chamado “risco de sufocação por mau posicionamento”, em especial nos primeiros dois anos de vida.

Tal não significa impedir o bebé de adormecer sempre que está no ovo ou na cadeirinha, ou mesmo nos assentos que balançam, mas sim garantir que se tratam de ocasiões passageiras e não um hábito enraizado. Para além dos problemas causados pelas posições adotadas durante o sono, no caso das cadeirinhas auto os investigadores do Penn State Medical Centre detetaram um outro risco relacionado com cordões e cintos de segurança mal instalados.

A sufocação por posicionamento acontece devido ao facto de as vias aéreas das crianças muito novas serem bastante maleáveis e os bebés não possuírem ainda força muscular para se moverem de forma autónoma. Quando a gravidade funciona, o sistema respiratório pode entrar em colapso num intervalo de poucos minutos.

“Muitos pais usam este tipo de equipamentos para fins diferentes dos que foram criados, sem se aperceberem de alguns riscos”, recorda Erich K. Batra, um dos especialistas envolvidos no trabalho, frisando que “podem passar muitas horas até que o bebé que está a dormir na cadeirinha ou no ovo seja novamente visto”. É por isso que, defende, “para prevenir situações graves, nenhuma criança deve ser deixada a dormir nestas condições sem uma supervisão constante”.
 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Numerais Coloridos

 
 
 










 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Brinquedos com materiais recicláveis

 
 
 






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 Fonte: Aqui..
 

domingo, 6 de dezembro de 2015

Atividades Alfabetização











Fonte:Enviado por Edilene no Grupo Sugestão de Atividades Wattsapp

Brincadeiras para cada fase do desenvolvimento da criança


 
 
 
Confesse: não é só o bebê que se maravilha ao entrar numa loja de brinquedos. Você também se deixa seduzir pelas formas graciosas, as cores vibrantes e a promessa de gostosas tardes vendo seu fofo brincar. Dá vontade de levar tudo. Mas é preciso escolher e aí surgem as dúvidas. Um bebê de 6 meses consegue mesmo empilhar blocos ou se divertirá mais com um bichinho de pelúcia? Um menino de 1 ano já entende o que é um carrinho?

A melhor pessoa para responder, acredite, é você! Quem afirma é a psicopedagoga Angela Cristina Munhoz Maluf, de Cuiabá, autora dos livros Brincar: Prazer e Aprendizado e Atividades Recreativas para Divertir e Ensinar (ambos da Vozes). “Participar do dia a dia do filho dá aos pais pistas das habilidades que o bebê já domina e dos interesses dele a cada fase”, diz ela. É verdade que, depois de um dia de trabalho, nem sempre resta disposição para sentar no chão e encaixar pecinhas. Mas procure reservar os fins de semana e pelo menos 30 minutos diários para essa convivência. “Nesses momentos, há uma troca de carinhos, olhares e gestos muito importante para o desenvolvimento social, afetivo e físico da criança”, garante a especialista.


Voo livre

 Que fique bem entendido: brincar junto não é brincar por ele nem ensinar como se faz, mesmo porque não existe um jeito certo - afinal, num terreno em que a imaginação comanda, promover o telefone a carrinho não é nenhum problema. A brincadeira deve ser livre e estimular a autonomia. O aprendizado vem justamente do esforço do seu filho para desvendar os recursos do brinquedo e criar soluções para os desafios que ele apresenta – significa, por exemplo, descobrir que o trenzinho apita e achar o ponto onde é preciso apertar para que ele faça isso. “Imagine uma borboleta saindo do casulo. A força que ela fizer é que vai estabelecer sua capacidade de voar mais ou menos alto”, compara Maurício Garcia, coordenador do setor de fisioterapia do Instituto Cohen de Ortopedia, em São Paulo. Não significa que sua borboletinha voará melhor se for direto para as diversões mais complexas. “O desenvolvimento acontece em etapas. É como subir uma escada: os ganhos motores, sensoriais, afetivos e intelectuais têm que ser conquistados degrau por degrau. E ninguém corre sem antes ter aprendido a andar”, diz Angela.

Ao dar um brinquedo novo, deixe seu filho explorá-lo livremente. Depois de alguns minutos ou no dia seguinte, mostre como ele funciona, mas de maneira casual - “Olha, essa argola gruda na outra”. Depois, apenas observe as tentativas do pequeno de fazer igual, sem corrigi- lo. Também não se decepcione caso ele resolva que é mais divertido atirar as argolas para você pegar do que encaixá-las umas nas outras. “A criança não deve ser obrigada a seguir regras nas brincadeiras. Ela precisa de liberdade para experimentar”, ensina a socióloga Cecília Aflalo, consultora da Fundação Abrinq, em São Paulo, e coordenadora do site abrinquedoteca.com.br.

A seguir, nossos especialistas desvendam as habilidades mais comuns do bebê a cada fase para você acertar nos brinquedos e nas diversões que deve oferecer a ele. Garanta a brincadeira, pois, como diz o pediatra Silvio Luiz Zuquim, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, ela é o melhor estímulo para um desenvolvimento saudável.

Até 6 meses

No primeiro mês de vida, o recém-nascido não controla o movimento das mãos e enxerga apenas de 20 a 30 centímetros de distância. Em compensação, tem uma audição bem desenvolvida – tanto que vira a cabecinha na direção da voz dos pais. A partir do segundo mês, ele já sorri voluntariamente, acompanha objetos e pessoas com o olhar e reconhece papai e mamãe. Mas o grande salto acontece entre o terceiro e o quarto mês. Aí, seu filho já sustenta a cabeça e controla melhor o tronco – no final do quarto mês, fica sentado com apoio por alguns minutos. Ele aprende a rolar na cama e, com a visão mais amadurecida, está muito interessado em descobrir o mundo. Observa tudo e se distrai até quando está mamando. Também explora o próprio corpo olhando para as mãos e tocando voluntariamente orelhas, bochechas e genitais. As mãozinhas tentam alcançar objetos suspensos e conseguem pegar e soltar brinquedos pequenos. Se está irritado, feliz, surpreso ou com medo, sua expressão facial demonstra essas emoções, e ele começa a emitir as primeiras vocalizações, em forma de gritinhos e balbucios. Do quinto mês até o final desse período, vai afinar essas habilidades e aprimorar a coordenação motora a ponto de segurar objetos.

Escolha certa: móbiles com argolas de cores fortes; bichinhos coloridos e bolas de diferentes texturas; chocalhos e brinquedos musicais; mordedores; livrinhos de tecido ou de plástico.

De 6 a 12 meses

 Prepare-se para uma (boa) surpresa a cada dia. Aquele bebezinho que mal conseguia se manter ereto já consegue sentar sem apoio e girar o tronco, transferir objetos de uma mão para a outra e manusear duas ou mais coisas ao mesmo tempo. Com a coordenação motora mais afinada, ele é capaz até de pegar brinquedos e alimentos usando o polegar e o indicador. Aos 7 meses, vocaliza vários sons indiscriminadamente e reconhece o tom de aprovação ou de desaprovação quando um adulto fala com ele. Sua musculatura fortalecida permite que ele vire de bruços sozinho e se apoie nos antebraços para observar o ambiente. Em algum momento, até o final desse período, começa a se locomover engatinhando, se arrastando ou se deslocando com o bumbum. No oitavo mês, de um jeito ou de outro, vai atrás dos objetos que despertam sua atenção e, quando os alcança, experimenta virá-los, sacudi-los, apertálos, batê-los. É um curioso profissional! Para completar, descobre os prazeres da música e mexe o corpinho dançando para acompanhar os ritmos. Aos 9 meses, enquanto explora os brinquedos, começa a formar o conceito de causa e efeito, percebendo, por exemplo, que o boneco cai toda vez que ele o solta. Logo, estará dando “tchauzinho”, ficando de pé e ensaiando os primeiros passos. Alguns começam até a pronunciar duas ou três palavras, além de “mamã” e “papá”.

Escolha certa: bichinhos flutuantes de borracha para a hora do banho; cubos ilustrados ou com guizos embutidos; brinquedos de encaixe e com superfícies espelhadas; argolas; coisas para martelar, empilhar e desmontar; telefoninhos e objetos que produzam sons por meio de botões para apertar, girar ou empurrar.

De 12 a 24 meses

Até os 18 meses, seu filho vai andar com desenvoltura e conseguirá subir escadas de mãos dadas com você. Nessa fase, está a mil tentando alcançar, segurar e explorar tudo. Começa a empilhar blocos, rabisca, dobra papel imitando um adulto e coloca objetos em aberturas é capaz, por exemplo, de pôr, sozinho, um CD para tocar. Falando nisso, tire do alcance dele tudo aquilo que você não quiser ver transformado em brinquedo, porque ele achará divertido descobrir as possibilidades lúdicas de chaves, escovas, vasos, controles remotos... e o que mais estiver dando sopa. Ah, sim, ele também come sozinho, imita os mais velhos e aponta as principais partes do corpo quando lhe pedem que mostre a cabeça, o pé ou o braço. Sua comunicação melhora bastante – já fala de seis a dez palavras e responde apropriadamente a expressões como “não”, “me dá” e “tchau”.

No semestre final dessa fase, o desenvolvimento motor se aprimora e a imaginação entra em cena, permitindo brincadeiras simbólicas, como dar de comer para a boneca com um pratinho vazio. Prepare-se agora para lidar com alguns galos e muitos ralados nos joelhos, pois seu bebê vai descobrir que consegue correr, subir escadas sem ajuda e criar soluções como usar uma varinha ou trepar em uma cadeira para alcançar um brinquedo que esteja no alto. Quando quebra alguma coisa, percebe o que aconteceu e leva para os pais consertarem. Ironicamente, tanta independência e autonomia o assustam – afinal, se ele pode ir para todo lugar e ficar distante significa que a mamãe também pode se ausentar. Sua resposta para a insegurança que essa descoberta traz é ficar mais agarradinho aos pais. Ao mesmo tempo, elege um cobertor, um paninho ou um brinquedo que faça o papel de “pais substitutos” quando está sozinho na hora de dormir, por exemplo. Chega ao segundo aniversário com um vocabulário de cerca de 100 palavras.

Escolha certa: bonecos; brinquedos de empurrar e puxar e de montar e desmontar; objetos com texturas, sons e cores variados; livros e álbuns de fotos com ilustrações dos familiares e objetos conhecidos; escorregador, balanço e triciclo.

Para ver, escutar e se divertir

 A partir do sexto mês, a tecnologia pode entrar em cena para aumentar o leque das diversões em família. Afinal, no mundo moderno, é impossível manter o bebê alheio à sedução da TV, dos smartphones e dos computadores, especialmente com o surgimento dos tablets. Os pequenos ficam alucinados com as imagens coloridas que se movimentam na tela. E não há nada de errado em deixar que se distraiam com esses aparelhos, desde que isso não se torne um hábito nem ocupe muito tempo – 30 minutos por dia, entre TV e outros eletrônicos, é o limite recomendado pelos especialistas. “O bebê precisa de diferentes estímulos de luz, sons, cor e movimento para ampliar plenamente a visão e a audição”, lembra a psicopedagoga Angela Cristina Munhoz Maluf. Mas não é só. Nos primeiros anos, o aprendizado depende de experimentações físicas. Por exemplo, é levantando e caindo que seu filho desenvolve o equilíbrio; é pondo a peça maior sob a menor que ele percebe que, se fizer o inverso, os blocos caem; e é tocando em água, areia e diferentes texturas que descobre que as coisas podem ser quentes ou frias, duras ou moles, macias ou ásperas. “Não há tela de computador que propicie essas experimentações. Para quem está descobrindo o mundo, empilhar bloquinhos de madeira é muito mais construtivo do que empilhar bloquinhos virtuais”, garante o pediatra Sílvio L. Zuquim.

De olho na segurança

 Atenção a alguns detalhes evita que a brincadeira acabe em choro ou até em incidentes mais graves. É o que ensina a socióloga Cecília Aflalo, consultora da Fundação Abrinq, em São Paulo, e coordenadora do site abrinquedoteca.com.br.
  • Evite brinquedos pesados, que possam cair sobre o bebê e feri-lo. 
  • Descarte objetos com bordas, pontas afiadas ou que soltem farpas, capazes de causar cortes e arranhões. 
  • Dispense efeitos sonoros muito altos, pois prejudicam a audição. 
  • Confira se há peças pequenas que possam ser engolidas – há risco de engasgo e sufocamento. 
  • Verifique a pintura – brinquedos que soltam tinta certamente não têm bom controle de qualidade e podem causar alergias e intoxicações. 
  • Meça eventuais fios e cordinhas – eles não devem ultrapassar 30 centímetros; senão, o bebê pode enrolá-los no pescoço. 
  • Prefira peças que sejam facilmente higienizáveis, porque o bebê leva tudo à boca. 
  • Procure sempre o selo do Inmetro e respeite a classificação etária indicada pelo fabricante – são garantias de segurança e adequação. 

A importância da brincadeira no aprendizado das crianças






O psicólogo Peter Gray defende que oportunidades de auto-aprendizado, socialização e brincadeira resultam em um aprendizado significativo para as crianças.

Por Pedro Ribeiro Nogueira, do Portal Aprendiz.
 
As crianças de hoje não têm tempo, espaço e permissão para brincar livremente. Seus lugares são controlados, as horas escolares cresceram e a organização das cidades desfez laços comunitários, tornando o espaço público inacessível e perigoso. Tudo isso tem profundos impactos no aprendizado e no desenvolvimento das pessoas. Essa é a opinião do psicólogo evolucionista Peter Gray, autor do livro Free to Learn (Livres para aprender, em tradução livre), que concedeu entrevista ao Portal Aprendiz.
Gray defende, em palestra no TEDx, que quanto mais desenvolvido o cérebro de um mamífero, maior a quantidade de tempo que seus filhotes passam brincando. Pesquisas mostram que animais privados de contato social no desenvolvimento tornam-se arredios e assustados e não têm resposta para lidar com as ameaças.
Com as nossas crianças, isso é ainda mais acentuado. Para exemplificar seu ponto, Gray lembra de pesquisas de antropólogos com etnias que ainda vivem de maneira próxima aos caçadores-coletores. Nelas, as crianças e adolescentes têm garantido o direito de brincar da manhã até o anoitecer. Fazem isso livremente e contando com o apoio de inúmeros adultos, desenvolvendo habilidades e traços sociais importantes. Apresentam comportamentos cooperativos e uma saúde vívida.
                                   
 


A publicação “The Case For Play” (A Defesa Do Brincar, em tradução livre), da ONG australiana Playground Ideas, trouxe uma compilação de dados sobre a importância do brincar no aprendizado. Segundo o estudo, os benefícios econômicos e sociais de uma abordagem amigável ao brincar em um programa de pré-escola foram de 244,812 dólares retornados ao longo de 40 anos para um investimento 15,166 dólares por participante. Além disso, diversas pesquisas ilustram que os efeitos de brincar desde cedo ajudam a desenvolver alfabetização, leitura, familiaridade com números, criatividade.
A cartilha continua citando estudos longitudinais – feitos ao longo de até quarenta anos -, para ilustrar a importância do investimento em políticas de primeira infância.
“O “The Jamaica Study”, mostrou que crianças que tiveram estímulo ao brincar desde cedo se desenvolvem melhor. O estudo acompanhou crianças que sofriam de desnutrição e viviam em comunidades vulneráveis. Elas passaram a receber, por dois anos, duas visitas lúdicas semanais. Vinte anos depois, os jovens que receberam esse cuidado tiveram salários 42% maiores, desenvolvimento cognitivo superior, habilidades psicossociais desenvolvidas e menor ansiedade e depressão. Outra pesquisa, feita em escolas primárias, mostrou que, quando uma metodologia lúdica é aplicada desde cedo, os adultos apresentam maior escolaridade – foi registrado um aumento de 44% no ensino médio e 17% no nível universitário.”
Para desenvolver alguns destes temas, o Portal Aprendiz entrevistou, via Skype, o professor de psicologia evolutiva Peter Gray, do Boston College, que também mantém um blog no Psychology Today, chamado Freedom to Learn, no qual ele compila diversos dados e artigos de opinião sobre educação, o direito ao brincar e direitos humanos.
 
Portal Aprendiz: De que maneira as crianças estão naturalmente equipadas para aprender? 
Peter Gray: Eu venho da psicologia evolutiva e é por isso que creio que, ao longo de milênios de evolução, nossas crianças foram selecionadas por processos que garantiram sua sobrevivência. E nós não teríamos sobrevivido sem a habilidade de aprender de forma natural. Veja bem, nem sempre os pais acreditaram que era sua função educar integralmente uma criança. Então elas aprendiam brincando umas com as outras, simulando e jogando com suas realidades. Nós temos um instinto natural para o autodidatismo. O que eu tento descrever no meu livro é que até hoje, nas sociedades modernas, esses instintos de aprendizado ainda estão em funcionamento. Se nós promovemos oportunidades de auto-aprendizado, socialização e brincadeira, elas vão ter um aprendizado significativo.
 
Portal Aprendiz: Como a educação tradicional lida com isso?
Gray: O que nós entendemos hoje como educação tradicional surgiu quando o objetivo da educação não era o pensamento livre, o aprendizado, a formação crítica e criativa: o objetivo era treinamento de obediência, para que as pessoas obedecessem seus mestres e senhores sem questionar. Além disso, havia as escolas religiosas, que tinham como missão ensinar a doutrina bíblica, ou seja, não era educação, era doutrinamento. Acontece que ainda estamos presos a essas escolas. E elas operam suprimindo o desejo natural de aprendizagem, reprimindo a curiosidade, dizendo que não importam as questões que o indivíduo tem, apenas importam as questões trazidas pelo currículo, uma educação que não enxerga o brincar, o jogar e a socialização como parte do aprendizado e que diz que as crianças não devem agir de maneira independente. Nós tornamos aprender uma tarefa muito difícil em nossas escolas.
 
Se nós promovemos oportunidades de auto-aprendizado, socialização e brincadeira, [as crianças] vão ter um aprendizado significativo.
 
Portal Aprendiz: Você afirmou, em uma entrevista, que nunca foi tão difícil para as crianças do mundo acharem tempo para brincar. E que estamos muito preocupados em torná-las adultas, cheias de atividades e não existem espaços de livre convivência e jogo. Por que isso é importante?
Gray: Ao longo da história, o brincar é maneira pela qual as crianças adquirem estrutura física, emocional, intelectual e social. Ao brincar, nós simulamos um mundo no qual é possível praticar as habilidades que serão necessárias ao nos tornarmos adultos de fato. Hoje, as crianças têm muito acesso aos computadores e telas, então eles vão ali buscar o brincar, eles sabem “desde os ossos” que aquilo é importante e vão ali tentar brincar e entender o mundo que elas terão que enfrentar. Mas é na brincadeira de risco, livre e ao ar livre que se consegue lidar com problemas complexos, por exemplo, é subindo numa árvore ou até brigando uns com os outros, que eles aprendem a lidar com raiva e medo sem se autodestruírem. As crianças precisam de todo o tipo de brincadeira, até das mais arriscadas.
 
Portal Aprendiz: Em um artigo, você enfatiza que as crianças precisam da sua comunidade para se desenvolverem integralmente. Você afirma isso baseado numa pesquisa sobre o povo Efe, que ainda mantém um estilo de vida próximo ao dos caçadores-coletores, e dividem o cuidado com as crianças. Isso lembra, na prática, um velho ditado que diz que para educar uma criança você precisa de toda uma vila. Como nós podemos traduzir esses ensinamentos em direção a um cuidado mais comunitário de nossas crianças?
Gray: Eu acho que, com o tempo, nós começamos cada vez mais a viver em famílias nucleares isoladas. As crianças vão encontrar outras pessoas não em comunidade, mas só na escola. Elas estão virtualmente isoladas de outros adultos e elas precisam deles. Elas precisam sentir que existem diversos adultos que se importam com elas. Elas não são desenhadas para aprender apenas com seus pais porque, honestamente, muitas vezes, eles não são as melhores pessoas (risos). Elas precisam de diferentes modelos de vida para poder escolher qual melhor serve às suas necessidades individuais, ao que elas querem ser.
Eu acho que as escolas que seguem a metodologia Sudbury conseguem proporcionar esse tipo de vida comunitária,  as crianças sentem que pertencem a este lugar, fazem as regras de comportamento junto com adultos, podem se dirigir a qualquer adulto e procurar, por conta própria, o que lhes interessa aprender. Acho que isso é uma tradução de formar uma comunidade caçadora-coletora na sociedade moderna. Não é exatamente isso, é claro, mas é uma comunidade onde as pessoas se sentem cuidadas e queridas. E isso é muito valioso. Nós precisamos desenhar mais formas para que as crianças, em nossas culturas, possam experimentar comunidades de verdade.
Nós precisamos desenhar mais formas para que as crianças, em nossas culturas, possam experimentar comunidades de verdade.
 
Portal Aprendiz:  Neste sentido, você considera que abrir as cidades para nossas crianças, e transformá-las em cidade educadora, em um ambiente de aprendizagem, poderia contribuir para o desenvolvimento das crianças?
Gray: Sim, é claro. Existem inúmeras oportunidades de aprendizado no ambiente urbano, talvez mais acessíveis aos adolescentes que às crianças, que precisam ser cuidadosamente introduzidas a estes lugares, fazendo uso de museus, zoológicos, playgrounds. Meu filho, quando estava em uma escola Sudbury, passava dias letivos inteiros sozinho no centro de Boston. Ele pegava o ônibus saindo do subúrbio e explorava coisas que o interessavam no centro, indo em museus, livrarias etc. Acho que você sempre está aprendendo como aprender e quando você é livre para buscar seus interesses, para pesquisar o que te motiva, aí sim que seu desenvolvimento pode decolar. A educação precisa ser autônoma, não podemos mais decidir por um grupo inteiro de crianças, exigir que todas elas se interessem pela mesma coisa ao mesmo tempo.
 
 
Portal Aprendiz: Uma vez, durante uma entrevista, perguntei à fundadora da Riverside School, na Índia, que se assemelha muito ao que você descreve, sobre educação alternativa. Ela me respondeu que a educação tradicional é que era alternativa – alternativa ao aprendizado. Por mais que essa educação que você descreve seja repelida como “utópica”, você acha que é possível imaginar a educação evoluindo para isso?
Gray: É difícil imaginar uma escola pública indo até esse grau de liberdade, porque elas têm que responder a uma série de normas, regulações e regras, ou seja, quando há dinheiro público, o governo define o que é a educação. Ainda assim, eu visitei uma escola no estado do Colorado que consegue fazer muito, mesmo recebendo financiamento público. Acredito que existam muitas outras escolas pelo mundo que incentivem a criatividade e a curiosidade, o pensamento crítico e a liberdade. E, se você parar para observar o mundo de hoje, é exatamente isso que ele está pedindo: criatividade, curiosidade e a alegria de aprender nunca foram tão importantes. Então, por mais que muitas vezes as políticas públicas demorem a alcançar o que é preciso, eu creio que haverá mudanças e as escolas serão centros de aprendizagem.
 
Fonte: Leia Aqui   e  Aqui...
 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Atividades A casa de Vinícius de Moraes


 



 
 

Plano de aula : Cuidando do corpo.




Resultado de imagem para cuidando do corpoResultado de imagem para cuidando do corpoObjetivos - Identificar atitudes que contribuem para a manutenção do corpo.
- Reconhecer-se como agente responsável pelo próprio bem-estar.

Conteúdo
- Hábitos saudáveis.

Anos 3º ao 5º.

Tempo estimado Duas aulas.

Material necessário Cronômetro ou relógio, lápis ou caneta e folha de papel.

Flexibilização Para trabalhar com um aluno com deficiência visual (baixa visão), amplie o objetivo desta sequência para que ele perceba que, de acordo com as características físicas de cada pessoa, com suas condições de saúde e com o local onde ela vive, é necessário adotar diferentes hábitos.
Na primeira etapa, amplie a conversa: automóveis de marcas ou modelos diferentes e submetidos a variadas condições de uso exigem diferentes cuidados. Adapte a forma de registro para o aluno com deficiência, utilizando aquela com a qual ele está mais habituado ou demonstra mais habilidade em outras situações (o uso de computador com visualização ampliada é uma possibilidade). Preveja um tempo maior para o seu registro - ele pode iniciar ou terminar a tarefa em casa.
Na segunda etapa, reserve um espaço plano e seguro para que o aluno com deficiência possa realizar a atividade. Oriente sua atuação de modo que ele faça dupla com um colega de porte físico semelhante, que seja capaz de conduzi-lo e no qual ele confie. Mostre-lhe o trajeto da corrida antecipadamente. Você deve orientá-los a correr de mãos dadas.

Desenvolvimento 1ª etapa
Dê início ao trabalho conversando com os alunos sobre a importância da saúde para o bom funcionamento do corpo. Você pode fazer uma analogia entre o corpo humano e um carro. Para que o automóvel funcione direito, é preciso que todas as suas peças estejam funcionando adequadamente também. Portanto, manutenção é fundamental. Tomados os devidos cuidados, o carro estará sempre em bom estado e o risco de problemas mecânicos será reduzido. Diga aos estudantes que com o nosso corpo é a mesma coisa, pois ele nada mais é que uma "máquina biológica". Para funcionar como se espera, suas peças (os órgãos e os sistemas que o compõem) precisam apresentar funcionamento adequado. É imprescindível, portanto, que cuidemos de sua manutenção. Lance para os alunos a seguinte pergunta: "O que devemos fazer para cuidar da saúde?". O objetivo é averiguar o nível de informação que eles têm sobre o assunto. Estimule-os a citar hábitos saudáveis, como manter uma dieta balanceada, dormir bem (pelo menos oito horas por noite), praticar esportes, se divertir etc. Em seguida, peça que registrem suas ideias no caderno.
Informe as crianças que, na próxima etapa, elas deverão usar roupas confortáveis, pois será realizada uma atividade na qual terão de fazer exercícios físicos por alguns minutos.
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2ª etapa
A atividade a seguir deve ser feita em um local amplo (o pátio ou a quadra de esportes da escola, por exemplo). Organize os alunos em duplas. Peça que cada uma fique em repouso por aproximadamente dois minutos. A intenção é fazer com que a frequência cardíaca das crianças diminua, chegando a um nível estável. Solicite que cada estudante meça a frequência do parceiro. A forma mais simples de medi-la é sentir a pulsação no pescoço (posicionando os dedos indicador e médio na lateral do pescoço) ou no punho (posicionando os dedos indicador e médio na parte interna do punho, próximo à base do polegar). A pulsação deve ser aferida durante um minuto, e os alunos terão de anotar no caderno o número de batimentos contados nesse intervalo - para isso, eles utilizarão um cronômetro ou um relógio. Depois que todos tiverem feito sua medição, peça que corram moderadamente durante cerca de cinco minutos. O objetivo, agora, é elevar a frequência cardíaca dos estudantes. Ao terminar a corrida, eles devem repetir a medição. Em seguida, oriente-os a compará-la com a primeira e pergunte: "Por que a frequência cardíaca aumentou após a prática de exercícios físicos?". Explique às crianças que, quando fazemos exercícios, a demanda por nutrientes e oxigênio aumenta no nosso organismo, elevando a frequência cardíaca e fazendo o sangue circular mais rápido. A frequência normal de uma pessoa em repouso varia de 60 a 100 batimentos por minuto. Frequências bem mais baixas, no entanto, podem ser normais em adultos jovens, particularmente entre aqueles que apresentam bom condicionamento físico. Por outro lado, pessoas sem preparo físico podem apresentar maior diferença entre a frequência cardíaca em repouso e depois de atividades físicas. Discuta com os alunos a influência que hábitos saudáveis podem exercer sobre a saúde corporal. Ajude-os a perceber que pessoas que se exercitam regularmente têm melhor preparo físico e, consequentemente, frequência cardíaca mais uniforme. Você pode propor que eles conversem com seus pais ou responsáveis sobre a importância de adotarmos hábitos saudáveis - favorecendo, assim, o bom funcionamento do organismo, o que proporciona melhor qualidade de vida.
Avaliação Peça que os alunos escrevam um guia de orientação com base na seguinte pergunta: "Como os hábitos saudáveis podem influenciar na saúde do nosso corpo?". Essa é uma maneira de averiguar se as crianças perceberam que praticar exercícios, adotar uma alimentação balanceada, dormir oito horas por noite e reservar tempo para se divertir são hábitos saudáveis que ajudam a manter a saúde do corpo e afastar doenças.
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